25º
Cons. Lafaiete

Educação e qualidade


Divulgação



Publicado em: 30/07/2010 - 12:15


Há duas semanas, o Jornal CORREIO trouxe os índices do Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que mostraram que, apesar da melhoria da região, nenhum município do Alto Paraopeba conseguiu alcançar o índice 6,0, considerado ideal pelo Ministério da Educação (MEC), para os anos finais do ensino fundamental, ou seja, 6º ao 9º ano da rede pública. Nos anos iniciais, do 1º ao 5º ano, Lamim (6,3), Rio Espera (6,2) e Senhora de Oliveira (6.1) apresentaram um crescimento considerável e bateram a meta, atingindo números que se equiparam ao observado em países de 1° mundo.
Os dados do Enem, que podem ser conferidos em uma reportagem especial nas páginas 8 e 9 desta edição, mostram que, das 10 melhores colocadas em toda a região, as oito primeiras integram a rede particular de ensino, uma é estadual, a Ribeiro de Oliveira, de Entre Rios, e a outra é municipal lafaietense Napoleão Reis. Já entre os 10 educandários com menor índice no Enem, todos são estaduais.  Vale destacar que metade deles não atingiu a média nacional, que gira em torno de 50%.     
Outro ponto que merece atenção é a pequena participação dos estudantes na prova. Das 44 escolas da região, nove não apresentaram número suficientes de participantes para terem seus resultados analisados. A abstenção, que representa mais de 20% do universo de escolas relacionadas, pode ser considerada preocupante dada a importância da prova.   Apesar de ter caráter facultativo, o Enem abre portas para o Ensino Superior, tanto para quem deseja pleitear uma bolsa de estudos por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) quanto para quem pretende graduar-se em qualquer um das mais de 600 Instituições de Ensino Superior (IES) pelo Brasil utilizam seus resultados como complementação de seus processos seletivos. Algumas, inclusive, substituem o vestibular pela prova ou a adotam como parte de seu processo seletivo, como é o caso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os números mostram o tamanho do desafio que precisa ser enfrentado por educadores e por nossos representantes, principalmente nós níveis Estadual e Federal. Quem assumir o governo na próxima gestão deverá ter o compromisso de transformar o velho discurso que prega a educação como ferramenta para a construção de uma sociedade mais igualitária em realidade. Que isso seja levado em conta nas urnas.

 

Mais notícias

Vídeos