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Cai a participação de jovens no eleitorado da região
Divulgação
Publicado em: 29/07/2014 - 20:32
Os jovens de Congonhas também parecem desanimados com a política. O número de adolescentes aptos a votar caiu de 771 para 537, reduzindo a participação desse grupo de 2,05% para 1,4%. A maior perda de representatividade do voto jovem ocorreu em Ouro Branco. No período de dois anos, o total de adolescentes votantes despencou de 619 para 361. Com isso, a modesta fatia no eleitorado de 2,25%, em 2012, emagreceu para 1,27%.
Idosos
Por outro lado, o grupo com idade superior a 70, que também não é obrigado a votar, ganhou mais espaço na região. O maior número de eleitores com esse perfil está em Lafaiete, onde detêm 7,75% dos votos, com quase sete mil votantes. Em 2012 eram 6.345. Em Congonhas, eles passaram de 2.326 para 2.537 eleitores e já abocanham a fatia de 6,6% dos votos. O crescimento é pouco menor em Ouro Branco. A cidade já conta com 1.376 pessoas acima de 70 anos aptas a votar.
Primeiro voto
Exceção ao desânimo político verificado entre os jovens, Clara Maria Trevisani de Andrade vive a ansiedade de votar pela primeira vez. Aos 17 anos, ela não abdicou do direito de escolher seus representantes e, perto de encerrar o ensino médio, a estudante não vê a hora de iniciar seu ciclo como uma legitima cidadã brasileira. A jovem não esconde o entusiasmo e, mesmo sem a obrigatoriedade de votar, fez questão de tirar o título para participar do momento máximo da democracia. Para ela, o momento é ainda mais especial, uma vez que, além dos demais cargos, está em jogo a escolha de um presidente.
Além de buscar informações nos noticiários, Clara Maria também valoriza as conversas com familiares como forma de trocar conhecimentos e alicerçar a decisão a ser tomada nas urnas. Entre as características que mais valoriza para definir sua escolha, ela destacou a responsabilidade e o compromisso. “São virtudes que não podem faltar a um político”, declarou. Questionada se, em seu círculo social, há outros adolescentes que decidiram votar, a jovem revelou que apenas duas, entre 10 amigas, tiraram o Título de Eleitor. Esse cenário, para a adolescente, precisa mudar e quem está apto a participar das eleições deve fazer jus ao seu direito.
Voto da experiência
O crescimento da participação de pessoas acima de 70 anos entre os eleitores da região é visto com bons olhos pela presidente da Associação dos Idosos de Conselheiro Lafaiete (Aicol), Dulce de Marcênes Rodrigues Almeida. Ela destacou a experiência como principal vantagem. “Quando um idoso se dispõe a continuar votando, toda a comunidade tem a ganhar, pois ele refletirá no voto sua experiência de vida”, comentou. Dulce também lembrou que o crescimento do número de votantes idosos cria um nicho no eleitorado e os candidatos estão cada vez mais atentos a isso. O resultado é a maior atenção com políticas públicas voltadas ao público da terceira idade.
A presidente da Aicol contou que, nos encontros semanais, os membros da associação estão sempre discutindo sobre a importância de continuar votando. “Eles sabem o dever que possuem com a democracia que ajudaram a construir”, destacou.