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Psicólogo garante que traçar metas no início do ano ajuda a concretizar os sonhos
Divulgação
Publicado em: 31/12/2014 - 12:30
Outro fator é o enigma do novo, com o surgimento de questionamentos, como: ‘O que nos espera o novo ano?’ e ‘Será que vou conseguir passar mais um ano?’. De acordo com Valter Monteiro, a área financeira também incomoda, “levando-nos a pensar nas contas (impostos), no mercado de trabalho, nas conquistas materiais, etc.”, completa. Por fim, vem a elaboração dos objetivos, considerando os pontos que foram negativos no ano anterior. “Aqui cabe uma pergunta: até que ponto estamos preparados para lidar com fracassos?”, questiona o psicólogo.
Para Valter Monteiro, cada um faz um balanço pessoal porque, talvez, considera que tenha um mundo a desbravar. “O tempo não para e ninguém dirige sem direção ou sem traçar metas. No mundo de hoje, quem não faz balanço e traça caminhos perde tempo e dinheiro”, observa. Essa atitude é positiva, já que os planejamentos devem fazer parte da vida. “No dia a dia, o balanço nos ajuda a pensar em nossas ações e atitudes na construção do futuro. Mas é essencial que saibamos nos alegrar com as metas alcançadas e reconheçamos nossas limitações ou falta de empenho nas metas esquecidas ou não valorizadas”, ressalta.
Segundo o psicólogo, todos precisam ter foco em níveis espiritual, profissional, cultural e social. Mas alerta que, para traçar metas, é preciso ter os pés na realidade, buscar o que nos ajuda a crescer e faz parte do nosso mundo. Por outro lado, isso pode provocar ansiedade. “É negativo quando traçamos metas e vivemos paranoicamente com traços de ansiedade e deixamos de viver o aqui e agora (o real)”, destaca. Para não perder o ânimo durante o ano é preciso motivação. “Nunca perca de vista o foco, mesmo diante dos atrativos do mundo. Seja firme em suas realizações pessoais. Quando você não é firme no que busca, sempre vai se deparar com alguém querendo que você desista. Pense: as metas e os sonhos são seus”, frisa o psicólogo.
Expectativas e simpatias para a virada
Pular sete ondinhas, guardar sementes de romã na carteira, comer grão-de-bico ou usar uma cor específica durante a virada. São inúmeras as simpatias que preveem um novo ano com mais dinheiro, amor, paz, alegria e saúde. O Jornal CORREIO foi às ruas de Lafaiete para saber quais são as expectativas da população para 2015. A impressão é de que todos esperam um ano melhor, mas não apostam muito alto e nem se prendem às simpatias.
A assistente administrativo Daiane Moura Lima Pinheiro, 27 anos, acredita em superstições, mas só segue uma: a cor da roupa. “Eu gosto de usar branco. Vemos muita violência, temos que buscar paz para o ano todo”, explica a escolha, destacando que não faz planejamentos; apenas deixa fluir. “Espero muita saúde para todo mundo e que venha só prosperidade. Que o ano seja repleto de coisas boas. Acredito que ele será melhor”, conclui.
Este ano não foi ruim para o eletricista Samuel Lucas Chaves Machado, 20 anos, mas o desejo para que o próximo seja melhor é grande. “Espero que muitas coisas que eu desejo aconteçam mesmo”, destaca. Fotógrafo de casamentos nos fins de semana, Samuel Lucas espera evoluir profissionalmente e expandir os negócios, investindo em equipamentos e publicidade. “Na questão profissional, eu acho que planejar é bom. Agora, na pessoal, já não acho legal; é melhor deixar acontecer”, opina.
Já o soldador Leonísio Ferreira da Silva, 55 anos, espera conseguir, finalmente, sua aposentadoria em 2015. “E que minha família tenha muita saúde e que realize os sonhos básicos, porque os impossíveis não têm como”, pondera. Leonísio Ferreira também deseja que os envolvidos na operação Lava-Jato sejam punidos, e ainda deixa um recado: “Gostaria que a população visse esse episódio para cobrar mais e participar mais, ver menos novela e Big Brother e participar mais da vida”, critica. Quanto aos planos, ele considera que são ruins, pois podem provocar frustrações.
Há quem realmente não goste de traçar metas para o ano novo, como a secretária Heloísa Câmara, 44 anos. Ela não critica quem elabora planos, mas prefere confiar na sua fé. “Espero que 2015 seja melhor que 2014, porque não tenho lembranças muito boas, não. Meus planos estão nas mãos de Deus. O que Ele riscar, eu estou fazendo”, ressalta.