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Em audiência pública, Copasa adianta medidas diante do risco de desabastecimento
Divulgação
Publicado em: 06/03/2015 - 18:40
De acordo com o gerente, Lafaiete tem uma peculiaridade que eleva o risco de faltar água. Segundo ele, os cursos d’água que cortam a cidade são pequenos e estudos já revelaram a impossibilidade de perfuração de poços pela Copasa. Diante do quadro, ele ressaltou a importância de campanha de conscientização da comunidade.Ao mesmo tempo, Marques assegura que a concessionária intensificou, desde o período crítico da estiagem, em novembro, a monitoração de vazamentos. “O nosso prazo para correção também foi reduzido”, afirmou, acrescentando que é necessário trocar 20 Km de redes de distribuição de água dentro da cidade. “São redes antigas e que provocam perda na distribuição”, afirmou. Conforme o gerente, a perda de água foi reduzida devido à adoção de novos procedimentos como a redução da pressão da chegada da água nas casas dos consumidores; O gerente adiantou que estuda uma nova captação no Córrego da Varginha e que está sendo feito um mapeamento da capacidade de fornecimento do córrego.
O promotor Glauco Peregrino informou que desde novembro de 2014, já existe um inquérito no Ministério Público para acompanhar a crise hídrica no município, com acompanhamento das ações da Copasa para reduzir os danos aos consumidores. Glauco ainda questionou os prazos e os meios que a Copasa teria para garantir o abastecimento da cidade ao longo do ano, caso haja uma situação de colapso no abastecimento e também indagou sobre as medidas adotadas para proteger os mananciais e os pontos de captação que são utilizados pela companhia. Em resposta, o gerente distrital informou que a barragem em curso d’água pode ser acionada no mesmo dia em que for constatado o colapso no abastecimento e que o ponto de captação no Córrego da Varginha depende de instalação de rede elétrica e de construção de adutoras. “Isso será viabilizado por meio de contrato emergencial, mas não temos como precisar o tempo que seria necessário para realizar tais medidas”, disse Marques. O gerente do Departamento Municipal de Meio Ambiente, Marco Antônio da Silva, Gerente, acrescentou que o Comitê da Bacia do Rio Paraopeba realiza um estudo e um planejamento de investimentos e que já está em fase de elaboração os Planos Municipais de Saneamento Básico em municípios que integram a Bacia.
Representante do Movimento da Águas, a tenente Natália Carrieri, falou sobre as outorgas de desvio de cursos d’água que são comuns na zona rural e que tais desvios demandam controle efetivo para que a água chegue a todas as pessoas. Sobre as atividades desenvolvidas pelo Movimento das Águas, ela destacou a necessidade de campanhas de conscientização sobre a preservação dos recursos hídricos.
Para o vice-presidente do Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (Codema) Ricardo da Rocha Vieira, o problema da crise da água em Lafaiete é consequência da falta de políticas públicas de monitoramento das nascentes e pontos de captação, principalmente em relação à instalação de construções e empreendimentos. “Quanto mais se tira água dos nossos rios pior será a qualidade dos mesmos, em virtude dos esgotos que são jogados nos mesmos”, alertou cobrando que a Prefeitura seja mais criteriosa na aprovação de projetos de novas obras.