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Questão de sinceridade
Divulgação
Publicado em: 17/05/2010 - 19:08
O prefeito abriu sua "caixa de ferramentas" e prometeu coisas e obras que até podem acontecer, mas daqui a alguns anos; não agora. Zé demonstrou ter muitos projetos para a cidade, mas esqueceu-se de cronometrar o prazo. A população entendeu que tudo - os projetos anunciados - iriam acontecer da noite para o dia e aí começaram as pressões, vindas de todos os lados, de todos os setores. Ninguém poupou o prefeito, que acabou, como ele próprio disse, sofrendo na mente e no próprio corpo - ele declarou ser hipertenso - as consequências destas "cacetadas".
A simplicidade do discurso e, sobretudo, o diálogo sincero e a atitude de admitir os erros publicamente são o melhor caminho, não só para o prefeito, mas para todos os seres humanos. Milton precisa agora - e nós torcemos por ele - estabelecer um cronograma de obras, anunciá-las em doses homeopáticas e, aí sim, recuperar a credibilidade do discurso. Sabemos que muita coisa boa aconteceu, vem acontecendo, e vai se concretizar, mas é preciso prudência e calma na hora do anúncio.
Aquele velho e popular discurso de que em "boca fechada não entra mosquito" precisa tornar-se a máxima da atual gestão; as obras precisam ser anunciadas depois dos projetos prontos e, principalmente, quando as licitações e os contratos estiverem prontos para serem assinados. Do contrário, as pressões irão aumentar e as falas cairão no "vazio da incompreensão humana". É uma questão de sinceridade.