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Política
Vereadores cogitam formar blocões para defender partes alta e baixa de Lafaiete
Divulgação
Publicado em: 10/06/2015 - 00:00
A falta de atendimento às demandas de moradores de Lafaiete gerou uma situação inusitada na Câmara Municipal. Relembrando os tempos em que a cidade era dividida entre a parte baixa e alta, foi cogitada a formação de dois blocos de vereadores que defenderiam com mais firmeza os interesses dessas regiões.
A ideia foi lançada
pelo vereador Zezé do Salão (PMN). Apesar de elogiar a passagem elevada para
pedestres, próxima à Basílica do Sagrado Coração de Jesus, o edil reclamou do
grande número de pedidos que não foi atendido. “Nossa região não é contemplada
com quase nada e precisaríamos formar um blocão dos edis que residem nessa
parte da cidade. Somos seis edis. São seis votos e se conseguirmos o apoio de
mais um vereador teremos maioria na Casa”, planeja, articulando uma oposição
mais pesada ao governo municipal. “Montaríamos um blocão e, caso nossas
indicações continuem sendo desconsideradas, poderemos travar a votação de
qualquer projeto na Câmara”, disse, acrescentando que a ausência de obras e
melhorias seria a realidade de toda a cidade. “Não está acontecendo nada”,
criticou.
O vereador João Paulo (PSB) respondeu à proposta do blocão sugerindo que os parlamentares que residem na parte baixa da cidade se organizem em um “bloquinho” para que as reivindicações da comunidade dessa localidade também sejam defendidas. Ele citou, entretanto, que algumas melhorias já foram proporcionadas como a colocação de quebra-molas na rua Marechal Floriano Peixoto, bairro Carijós (região sudoeste).
Sandro reforçou a necessidade de dar voz à população e comentou que não basta um bloquinho para representar a parte de baixo. “É preciso fazer um blocão também porque outro dia um cidadão me perguntou se não teria como fazer uma prefeitura na parte de baixo já que não é feita pela administração. É uma região que precisa de um cuidado diferenciado porque o sentimento das pessoas é de que foram abandonadas pelo poder público. “Tenho andado por bairros como Paulo VI, Amaro Ribeiro e adjacências e a coisa está feia. O que se vê na periferia é caótico”, lamentou.