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Manifestantes comemorarão abandono de obra na Alfredo Elias Mafuz com bolo e refrigerante


Divulgação

Fanny Elen
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Publicado em: 03/09/2015 - 00:00

Cansados de esperar pelo fim das obras na rua Alfredo Elias Mafuz, na zona sul da cidade, membro dos grupos online Orgulho de ser lafaietense, Acorda Lafaiete, Boca no Trombone, SOS Lafaiete, Associação de Moradores do bairro São João e a paróquia do Bom Pastor, no Santa Matilde, agendaram para às 20h da quarta-feira, 29 de setembro, um protesto bem-humorado, mas repleto de consciência e cidadania. Eles planejam se reunir em frente à obra, cantar parabéns, soprar a velinha pelo aniversário do 1º ano de obra parada e desfrutar de bolo e refrigerante. 

Segundo o administrador do grupo Orgulho de ser lafaietense, Ângelo de Souza Júnior, o objetivo é protestar contra a morosidade na retomada dos trabalhos da obra de contenção da via, interditada parcialmente no início de 2012, quando parte da rua cedeu durante as fortes chuvas que atingiram a cidade. “Tem um ano que a obra está parada, prejudicando toda aquela região. E não estamos falando só do bairro Santa Matilde, mas também do São João, Paulo VI, Amaro Ribeiro, ou seja, comércio e moradores de todos os bairro que precisam passar por lá”, justifica.

Ainda segundo o líder comunitário, o protesto se justifica diante da insatisfação dos lafaietenses pela não conclusão da obra: “Foram as pessoas da comunidade que pediram para fazer esse movimento. Nós nos reunimos e resolvemos fazer esse aniversário. Não é por motivo político, e sim, para chamar atenção. Seguiremos a linha do que foi feito em relação ao Hospital Regional, que deu um resultado muito grande. Logo que foi falado do abraço simbólico à obra, logo o estado veio”, destaca.

Ângelo de Souza Júnior destaca que os movimentos preparam uma recepção para 150 pessoas: “Vamos fazer o bolo para 150 pessoas, um bolo de verdade, com direito a refrigerante. Torcemos para que, até lá, a obra seja retomada. Mesmo que isso aconteça, vamos manter, mas aí será comemorando o reinício dos trabalhos. A divulgação está sendo feita por meio de panfletos e convites e a participação está aberta a toda comunidade. Nossa cidade está com muitas obras paradas. É preciso fazer algo”, destaca.

Entenda o caso

Custeada com recursos federais, a obra foi orçada em R$3 milhões, que seriam repassados em três parcelas. Os trabalhos tiveram início em janeiro de 2014, conduzidos pela empresa Cia da Obra, e correram bem até que mais de 70% do projeto fossem concluídos. A equipe concentrava-se na exe­cução da segunda viga de coroamento da cortina atirantada, método utilizado para contenção da encosta. Mas houve a interrupções nos repasses da verba. Na época, o problema foi atribuído à sequência de feriados e até a redução do ritmo de tra­balho em Brasília, em função da Copa do Mun­do, que teriam atrasado o trâmite da prestação de contas enviada pela PMCL ao governo federal.

A interdição da via, depois substituída por uma interdição parcial, com liberação de trânsito apenas para veículos de  pequeno porte, gerou prejuízos e culminou com o fechamento de pontos comerciais na região. Por receber um grande fluxo de veículos que se deslocam da região central para o Triângulo e bairros da zona sul, como São João, Santa Matilde, Sion e Moinhos, a interdição da via causou mudanças em itinerários de ônibus e obriga motoristas a realizarem desvios pelo São João, Progresso, Albinópolis, Jardim América e Albertina.

 

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