O leitor Mauro de Valois Campos, 57 anos, entrou em contato com o Jornal CORREIO para reclamar dos procedimentos adotados na Farmácia Central, anexa à Poli­clínica Municipal. Ele relata problemas que vão desde a desinformação até a falta de estrutura para receber pacientes idosos ou com necessidades especiais que buscam um medicamento para aliviar algum mal.

De acordo com Mauro, que esteve na unidade na segunda-feira, dia 31, o local não oferece um atendimento humanizado, o que causa dificuldades para muitos usuários. Segundo ele, não tem espaço destinado para os idosos, nem portadores de necessidades especiais e gestantes, como já existiu há algum um tempo. “As pessoas chegam aqui cedo e ficam o dia todo nessa fila, que às vezes dobra o quarteirão”, conta, afirmando que a demora no atendimento pode ser constatada em qualquer dia da semana. “É sempre a mesma coisa. O que era para ser um procedimento simples acaba se tornando um martírio para quem não tem condições de comprar um medicamento e precisa recorrer ao serviço do município”, critica.

Para o munícipe, é necessário que haja prioridade de atendimento para quem mais precisa. “Forma-se uma fila única e muitas pessoas passam até mal com isso. Os idosos devem ser atendidos em um local especial, destinado apenas a eles. Tem que ter cadeiras apropriadas e prioridade no atendimento”.

Mauro disse que por saber das dificuldades que os idosos enfrentam na Farmácia Central, faz questão de buscar os medicamentos para seu pai. “Venho aqui a cada três meses. Chego cedo para ser atendido rápido. O prefeito foi eleito pelo povo e tem que trabalhar pelo povo. Tem que olhar por nós. Uma situação muito difícil. Outra reclamação está sendo em relação à falta de medicamentos. Existe um quadro, informando, mas nem sempre as pessoas têm orientações para isso e acabam enfrentando fila sem necessidade.

Em resposta a denúncia, a administração municipal informa que não há nenhum tipo de abandono da Farmácia Central e que já procura outro imóvel para abrigar a unidade, com objetivo de melhorar o atendimento ao cidadão e as condições de trabalho dos profissionais. “Esclarecemos ainda, que existe na farmácia o atendimento prioritário/preferencial para os pacientes com necessidades especiais. São reservadas cadeiras para que possam aguardar sentados ao atendimento em guichê específico. Quanto à falta ou indisponibilidade de alguns medicamentos, existe em local visível a todos que acessam a farmácia, a lista atualizada com a informação sobre todos os medicamentos disponíveis”, informa a nota.  

Outra comprovação de que os usuários não estão abandonados, é que as equipes dos Postos de Saúde da Família (PSF) a partir do dia 8 de setembro, também dispensarão os medicamentos básicos contínuos, antes fornecidos apenas pela farmácia central, de forma a diminuir as filas e fazer com que o paciente tenha seu remédio disponibilizado mais próximo de sua residência.