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Política
Francis afirma que Ivar pecou na articulação política e defende orçamento participativo
Divulgação
Publicado em: 15/12/2015 - 00:00
Com o objetivo de implantar um governo que ouça as vozes das ruas, Francis Mouton (PT) é o pré-candidato entrevistado nesta edição pelo jornal CORREIO. O missionário belga, que adotou Lafaiete como sua cidade, afirma que pretende fazer uma administração bastante diferente da atual e também buscará corrigir erros dos tempos em que sua legenda comandou o Executivo Municipal.
Segundo Francis, no inicio do atual governo havia uma expectativa favorável. "Olhava com bons olhos as ações previstas pelo governo. Participamos do PPA [Plano Pluri Anual] que foi bastante discutido e definiu o que a cidade precisava para os próximos anos. A participação ainda foi pouca, mas aconteceu", diz Mouton, afirmando que a administração criou uma demanda, mas, diante da falta de recursos, não deu conta de cumprir. Para Francis, esse foi o principal pecado cometido pelo governo Ivar. "Logo que o prefeito assumiu, propomos atuar em prol da cidade por meio do gabinete do deputado Padre João (PT). A resposta era de que a administração não trabalhava com partidos, mas com pessoas. Nesse sentido, o governo se aliou mais a questão técnica, o que não é errado, mas não tem como administrar uma cidade sem apoio político. Faltou maior articulação", crava.
O missionário também confessou os pecados na administração petista, entre 2005 e 2009. O principal deles, segundo Francis, foi relegar a relação com a Câmara Municipal a segundo plano. No último ano de governo, assumi como chefe de gabinete para tentar restabelecer as conversas entre Executivo e Legislativo", afirma. Francis também comentou a descentralização realizada na gestão petista de Júlio Barros. Para ele, a fórmula é ideal por se tratar de uma cidade muito grande, mas também é preciso criar mecanismos de observação e quantificação dos resultados.
Com a proposta de ouvir mais, Francis coloca como objetivo primeiro a implantação do Orçamento Participativo. "Sabemos das dificuldades de caixa da prefeitura e precisamos fazer render o pouco que temos. No meu entender, a melhor forma é o povo participar e ponderar sobre as prioridades. Vamos fomentar um debate em cada região para que vários bairros sejam atendidos", defende, afirmando que para isso, é preciso de pessoas capacitada e com experiência para lidar com o povo, aglutinar e respeitar a voz da população.
Francis também defende que Lafaiete, além de ser um pólo comercial, administrativo e educacional, incorpore outras vocações como a agricultura que pode elevar o município a um novo patamar. "Precisamos de políticas de modo a atrair empresas para beneficiar os alimentos que são produzidos na cidade e região", comentou.