25º
Cons. Lafaiete

Saúde

Calor agrava o risco de dengue em Lafaiete


Divulgação

Frances Elen
[email protected]

Publicado em: 13/01/2016 - 00:00

O tempo quente e as chuvas de verão são um alerta contra um inimigo que, a cada dia, parece ganhar mais força: o mosquito Aedes aegypti. Conhecido como transmissor da dengue e, chikungunya e, agora o zika vírus (ligado a caos de microcefalia), o inseto tem feito um estrago gigantesco no estado: em 2015, Mi­nas registrou o segundo maior número de casos prováveis de dengue desde 2011: foram 189.602 notificações, que envolvem confirmações e suspeitas da doença. Também ocorreram sete casos de febre chikungunya no estado, mas nenhum caso de zika foi confirmado, embora 20 ainda estejam sendo investigados. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, 67 pessoas morreram vítimas de dengue, em todo o estado, em 2015.


Em Lafaiete, até o início de dezembro, a Secretaria de Saúde de Lafaiete havia registrado 76 casos de dengue, sendo 53 casos autóctones (pacientes infectados no próprio município) e 23 importados (pessoas que já vieram contaminados de outros locais). Até aquela data não havia suspeitas de casos de vírus zika e febre chikungunya na cidade. A Reportagem do Jornal CORREIO entrou em contato com o Serviço de Combate a Endemias do município para atualizar os dados e obter um balanço de fechamento das apurações de 2015, mas até o fechamento desta edição não havia obtido resposta. No entanto, o comentário na cidade é de que houve aumento. Na capital mineira foi registrado, no ano passado, 15.749 casos de dengue e 2.334 suspeitos estão sob investigação. Além des­sas ocorrências, 12.815 notificações foram descartadas, segundo a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte.

Apesar dos riscos da doença, que pode até matar, e do conhecimento de que o mesmo vetor também seja responsável por casos de microcefalia (má formação genética que causa retardo mental em até 90% dos casos e pode matar), há muitos casos de lotes sujos e quintais onde os moradores não fazem a manutenção. A recusa em consentir a visita dos agentes também é outro complicador. Pesquisadores trabalham em uma vacina contra a doença (leia mais na página 33), mas sua eficácia é limitada. Por isso, a maneira mais segura ainda é evitar que o mosquito vetor nasça.

Mais notícias

Vídeos