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Comunidade acusa baderneiro de incendiar casa no Guarani
Divulgação
Publicado em: 15/01/2016 - 00:00
No
início da madrugada de quarta-feira, dia 6, as guarnições de combate ao
incêndio, resgate e salvamento do Corpo de Bombeiros da 2ª Cia foram acionadas
para combater um incêndio. O fogo estava localizado em uma residência no Alto
Vista Alegre, conhecido como Guarani (região oeste) em Conselheiro Lafaiete. Chegando
ao local, os militares depararam com uma residência de 4 cômodos em chamas.
Segundo informações fornecidas por vizinhos, a residência não possuía moradores.
O comboio que se deslocou da 2ª Cia até o local do fato foi composto por três
viaturas e onze militares. Eles realizaram o combate às chamas dentro de duas
horas. No interior da residência, alguns móveis sofreram avarias, porém não
houve vítimas.
O
cunhado do morador da casa incendiada, Antônio Pinto, é presidente da
associação dos moradores do bairro. Ele informou que trabalha no terminal
rodoviário. Pessoas maldosas, segundo o presidente, aproveitaram a ausência de
pessoas na casa para incendiar o local. Foram os vizinhos que viram o incêndio.
Eles ajudaram a apagar e chamaram os bombeiros. "Acabaram com a residência e
queimaram muitas coisas. Também roubaram as roupas do proprietário do imóvel",
contou. Segundo Antônio, a casa está isolada e seu cunhado não tem onde morar
agora.
Uma
moradora do bairro, que pediu para não ser identificada, passou mais
informações. Segundo ela, o suspeito de ter incendiado a casa está
aterrorizando a comunidade local e vive ameaçando os moradores. "Era por volta
de 0h15. Esse incêndio foi criminoso porque a casa não tem luz e não tinha nada
acesso naquele momento", disse, afirmando que o suspeito é conhecido por
arrumar confusão, colocar fogo em caçamba, jogar pedra, mexer com adolescentes,
entre outros transtornos. Ainda conforme a moradora, o acusado é conhecido como
Tíner, por ficar cheirando a substância o dia todo. "E ele disse que ia colocar
fogo em uma das casas", acusou.
O
líder comunitário, Manoel Vespúcio da Costa Vasconcelos, também falou sobre o
assunto e cobrou mais atuação da PM: "Pertenço a essa comunidade, tenho filhos
que moram aqui, fui presidente da associação do São Sebastião e na época,
trabalhamos muito pela segurança desse bairro. Hoje, voltamos à estaca 0. A
Polícia Militar não está tomando as devidas providências. Não respeita a
comunidade. Estive aqui outro dia, chamei a polícia e não veio ninguém. Faço um
apelo às autoridades policiais, pois não podemos mais suportar isso. As pessoas
se sentem ameaçadas. Tem meia dúzia de criminosos que prejudicam várias
pessoas", criticou.
Para
Vespúcio, há um descaso com a comunidade e a PM tem sido omissa em relação ao
Alto do Vista Alegre. "Pedimos um apoio para esses moradores e que a Polícia
Militar nos ajude. Já liguei diversas vezes para o 190, mas ninguém fez nada",
reclamou.
PM pede denúncia
em tempo real
Em
atenção ao ofício enviado pelo Jornal CORREIO, a Polícia Militar informou que
realizou uma pesquisa no sistema de banco de dados do Sistema Integrado de
Defesa Social (Sids) para o ano de 2015 e identificou uma ocorrência de incêndio,
em 28 de agosto, registrada pelo Corpo de Bombeiros Militar (REDS
2015-018434609-001), onde não há denúncia, nem levantamento ou indicação de
qualquer suspeito de ter cometido o ato, julgado, na denúncia, como criminoso.
"O indivíduo citado na denúncia como "Tiner" tem várias passagens como autor em
delitos em Lafaiete, como roubo (03/07/2011), ameaça (12/04/2011), vias de
fato/agressão (14/04/2011), tráfico ilícito de drogas (17/01/2015), dano
(07/02/2013), furto (22/02/2013). Nessas ocorrências, a Polícia Militar adotou
todas as providências legais cabíveis ao caso concreto, como prisão do autor e
encaminhamento à autoridade de polícia judiciária", acrescenta.
A
PM destacou a importância de que as informações de suspeitos, bem como as
circunstâncias envolvidas ao caso, sejam denunciadas, em tempo real, pelo 190,
para que a PM possa averiguar e tomar as medidas legais, como abordagens e
identificação de suspeitos, inibindo e coibindo atos ilícitos. "A participação
da comunidade é fundamental para que os criminosos sejam identificados e presos
e as denúncias sejam mais específicas, para que a Polícia Militar possa
identificar a infração penal cometida e, a partir de então, adotar as medidas
cabíveis".
A
nota é assinada pela Assessoria de Comunicação Organizacional do 31° BPM.