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ALMG vai discutir os impactos do desabastecimento
Divulgação
Publicado em: 29/05/2018 - 00:00
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai manter as atividades ao longo desta semana e já agendou reuniões para tratar da crise do desabastecimento de combustíveis no Estado. O objetivo é atuar politicamente para influenciar uma solução em nível nacional.
A declaração é do 1º-secretário da ALMG, deputado Rogério Correia (PT), que representou o Legislativo em reunião com o governador Fernando Pimentel, nesta segunda-feira (28/5/18). Além dos Poderes do Estado, participaram do encontro as Forças Armadas e componentes do gabinete de crise.
Duas reuniões já estão agendadas na ALMG. Nesta terça-feira (29), às 14h30, a Comissão de Agropecuária e Agroindústria debate como preço dos combustíveis vem impactando o setor rural. Já na quarta (30), no mesmo horário, a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social discute os reflexos da política de preços da Petrobras na economia.
Rogério Correia criticou a política de preços da Petrobras e defendeu que a companhia adote outro procedimento, que dê estabilidade à população brasileira. "O aumento dos combustíveis eleva o preço de gêneros de primeira necessidade", justificou.
Petroleiros ? Segundo ele, vários setores estão sendo chamados para a audiência da Comissão do Trabalho, inclusive os petroleiros, que ameaçam iniciar greve. "Vamos levar ao presidente Michel Temer as preocupações de Minas Gerais", afirmou.
Sobre a reunião com o governador, Correia salientou a prioridade do Estado para garantir o funcionamento de serviços essenciais, como saúde e segurança pública. "A Polícia Militar e as forças nacionais vão fazer escolta daquilo que for necessário para essa manutenção", frisou.
Ele lembrou, ainda, o ponto facultativo, estendido pelo Executivo para até sexta-feira (1º/6), também com o objetivo de minimizar a demanda por combustível.
Executivo detalha ações para garantir combustível
Em entrevista coletiva à imprensa, o governador Fernando Pimentel frisou que passou o fim de semana em negociações com vários setores para assegurar o funcionamento dos serviços públicos essenciais.
Ele citou o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), inclusive no interior, e o abastecimento do Aeroporto de Confins, além do transporte de medicamentos, cargas vivas e ração para animais. Todos teriam sido atendidos.
Também citou a entrega de combustível, nesta segunda (28), a 40 postos de gasolina da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Apreensão ? Para o governador, entretanto, ainda que a situação em Minas esteja "razoavelmente estabilizada", o governo não está tranquilo. "Podemos ter problemas mais graves se a crise se prolongar ao longo da semana", ponderou.
Pimentel culpou a política de preços da Petrobras, que, segundo ele, levou a uma alta de 50% no preço dos combustíveis, contra 3% de inflação no período. Por isso mesmo, na visão do governador, a solução para a crise está no âmbito federal.
Segundo ele, a proposta da União, de zerar a incidência de impostos como Cide e PIS/Cofins sobre o diesel, trará prejuízo mensal de R$ 40 milhões ao Estado. "Isso corresponde a um mês de transporte escolar. Já estamos no limite e não podemos sacrificar mais os mineiros por um problema que não surgiu aqui", reforçou.