A doméstica Clara Gomes, de 58 anos, chegou na Policlínica às 14h e foi embora às 17h, sem atendimento. “Passei pela triagem e me perguntaram apenas o que eu estava sentindo. Só aguardamos esse tempo todo porque não temos outra saída”, acrescentou. A moradora de Santana dos Montes, Milena Eliane de Rezende, de 34 anos, acompanhou a filha, que estava com o intestino preso e sentindo cólica. “É difícil sair da minha cidade pra vim aqui, e ainda ter que ficar esperando. Quando for embora, terei que ligar pra Santana e aguardar alguém me buscar. O atendimento está muito lento”, criticou. Um senhor também entrou em contato com nossa Reportagem, no dia 28, e disse que chegou na Policlínica às 11h e estava saindo às 14h53 sem ser atendido, “porque havia apenas um médico”. “Só queria que o cidadão fosse respeitado”, lembrou.
Em resposta ao Jornal CORREIO, a responsável técnica de Enfermagem, Valquíria Mara dos Santos Vieira,  afirmou que os pacientes, do dia 20, que estavam aguardando há cerca de três horas, foram classificados em azul, pelo protocolo de Manchester e, neste caso, podem ser atendidos em até quatro horas. “Já os classificados em verde, que precisam ser atendidos em até duas horas, também estão dentro do prazo. Todos os pacientes de casos de urgência também estão sendo atendidos. Hoje nós temos quatro médicos de plantão. Está dentro do normal”, ressaltou.