Os resultados são claros. No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Em 2014, foram registradas 172.780 mil internações relacionadas a acidentes de trânsito. E quanto maior o consumo, maior os riscos. O brasileiro, segundo a pesquisa, costuma exagerar. Entre 2010 e 2013, ocorreram mais de 313 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) decorrentes do alcoolismo. São gastos, em média, cerca de R$ 60 milhões por ano com pessoas dependentes do álcool.

Efeitos nocivos da droga

O álcool é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento. Quando consumido de forma abusiva, pode causar malefícios à saúde, como por exemplo, doenças cardiovasculares, câncer, além dos graves acidentes de trânsito. O Ministério da Saúde monitora o consumo de álcool por meio de inquéritos e sistemas de informação e possui políticas de prevenção à saúde. No SUS, os atendimentos e tratamentos às pessoas que apresentam problemas decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas são realizados por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). A iniciativa conta com 2.155 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) com capacidade para 43 milhões de atendimentos por ano.

Adolescentes também exageram

A crescente incidência de consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens é outra preocupação do Ministério da Saúde. Com o período do carnaval, os jovens em busca de diversão, geralmente, ignoram os malefícios do álcool e bebem intensivamente durante os dias de folia. A partir desta iniciação, o adolescente se torna mais vulnerável à repetição deste hábito. O problema é que o consumo afeta a maturidade cerebral, o aprendizado, a memória e pode prejudicar seriamente o desenvolvimento dos jovens.Os dados alertam para a forma como esses jovens têm acesso ao uso das bebidas. Apesar da venda proibida em todo o país para quem tem menos de 18 anos, a pesquisa mostra que um em cada cinco adolescentes (21,9%) consegue comprar álcool por conta própria. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a prática é crime e o comerciante que for pego vendendo a bebida pode ser punido. No entanto, o estudo revela que parte dos adolescentes (10 a 12%) consegue a bebida no ambiente doméstico e na companhia de parentes (Com informações do Ministério da Saúde).