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Rede de vizinhos protegidos usa WhatsApp para reforçar segurança


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Fanny Elen
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Publicado em: 18/08/2015 - 00:00

Adotada pela Polícia Militar como forma de aproximação junto a comunidade e intensificação da segurança, a rede de vizinhos protegidos tem sido reforçada por novas tecnologias como o uso do disseminado WhatsApp. A estratégia também convida pessoas a participar dessa rede que ainda conta com reuniões em que são discutidas medidas de autoproteção para contribuir com a redução da incidência criminal.

De acordo com o 1º tenente da Polícia Militar, Daniel Alves, coordenador da rede de vizinho protegidos em Lafaiete, a ação é adotada, em especial, onde a incidência criminal se torna mais incisiva. Na cidade, a iniciativa foi lançada há cinco anos. “Cada oficial que comanda esse setor, tem uma responsabilidade diá­ria e estabelece algumas diretrizes para desenvolver atividades com a comunidade. Hoje a rede funciona nos bairros Albinópoilis, Angélica, São João, Santa Rosa, Alvorada e em outros bairros de Lafaiete”, informa.

Conforme o tenente, as reuniões servem para avaliações das estratégias adotadas e implantados novos modelos de gestão para conseguir resultados positivos. “Quando falamos em termos de segurança, temos que avaliar a questão objetiva, que é a repreensão qualificada do crime e a subjetiva que é trabalhar o medo do crime e isso é  questão de tranquilidade; passar para a comunidade a realidade territorial dela, para ela ter noção do que está acontecendo e não ser afetada por questões irreais. Por meio de avaliação, conseguimos ver resultados positivos”, afirma. Como resultado, a comunidade se sente mais segura e mais próxima da PM.

Daniel destaca a forma como a rede evoluiu. “Mesmo Lafaiete sendo uma cidade do interior, as pessoas têm um comportamento metropolitano. Elas não têm tanto tempo mais. Então, para viabilizar essa interação entre nós e a comunidade, utilizamos o whatsApp. A comunidade se comunica por meio de grupos, e os oficiais são os administradores desses grupos. A PM, por meio de informações que circulam no grupo em tempo real, consegue saber o que está acontecendo naquele momento”, conta.

O coordenador ressalta que a participação da comunidade tem crescido. “As pessoas estão se conscientizando. O caminho do cidadão até as autoridades é burocrático, em curvas e, com esse projeto, queremos transformar esse contato em uma linha reta. Que a gente possa ter realmente uma contribuição mais efetiva da comunidade”, disse, destacando que a população passa a ter a percepção que a polícia tem em relação à realidade criminal.

Quem quiser, pode participar de várias formas, a partir de uma organização no próprio bairro, por meio da associação de moradores. “Basta entrar em contato com um dos policiais responsáveis para que possamos montar uma estrutura mínima para que ela possa funcionar. Co­locamos à disposição para quem tiver interesse de participar da rede”, informa Daniel.

Um exemplo prático do resultado da rede foi mencionado pelo tenente. Ele citou a presença de um homem em uma moto observando as ca­sas de maneira suspeita. Os moradores fizeram contato com a PM e verificou-se que a moto era furtada.

Proteção para o comércio 

Daniel mencionou também a rede de comerciantes protegidos. Trata-se de uma variação da rede de vizinhos, para prevenção criminal especificamente para o comércio. É uma associação com comerciantes locais e funciona da mesma forma, por meio do WhatsApp. “Temos acesso a tudo que está acontecendo. A filosofia é a mesma, associar pessoas que comungam o mesmo interesse de prevenir o crime. Ela existe no Centro, mas estamos revitalizando para dar a rede mais mobilidade e mais ações. Quem tiver interesse também deve procurar a PM”, explicou.

 

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