Mais Lidas
Leia Mais
Copasa anuncia o fim do "martírio da ETE"
Divulgação
Publicado em: 26/04/2011 - 21:19
Entre os ganhos obtidos com a implantação da ETE estão a revitalização do Ribeirão Bananeiras e seus afluentes; diminuição da presença de animais como ratos, baratas e escorpiões; controle e prevenção de doenças e mais saúde e qualidade de vida para a população. Entretanto, logo após a inauguração, começaram as reclamações, por causa do cheiro insuportável, resultado do esgoto tratado na ETE. Diversos apelos foram feitos às autoridades, inclusive à Copasa, buscando uma solução para o problema. Quem mora na região reclama, inclusive, da desvalorização dos imóveis, em pleno boom imobiliário.
O povo-fala - A notícia, dada com exclusividade pelo Jornal CORREIO, pode representar o fim de um pesadelo para moradores de toda a região da Barreira, que desde o início de seu funcionamento, em fevereiro de 2010, reivindica uma solução para o problema.
São pessoas como Margarete Aparecida de Moraes, 29 anos, que mora no bairro São Benedito desde criança: “Quando chove, ninguém aguenta. O cheiro é muito desagradável; incomoda bastante. Já entramos em contato com a Copasa várias vezes e os funcionários explicaram que, para acabar com esse cheiro ruim, eles têm que colocar cinco filtros. Segundo eles, já colocaram dois e estão aguardando para colocar o restante’, afirmou.
Ingrid Rafaela Silva, 28 anos, também mora no São Benedito: “Estou aqui há um ano e meio. O cheiro, realmente, é insuportável. Na época de chuva, piora muito. Precisamos de uma solução. Ficamos muito incomodados; não podemos nem receber uma visita em casa”, lamenta.
Fernando de Oliveira Rodrigues, 36 anos, reside no bairro Lima Dias II: “Sou motorista de caminhão e trabalho em frente à ETE. Durante todo o dia, o cheiro é horrível”. Fernando Rezende, 22 anos, sempre morou na região, e também trabalha próximo à ETE: “Até para almoçar é complicado. Acho que à tarde piora muito. Pedimos que esse problema seja resolvido”, declara.
Cristina Moraes, 28 anos, moradora do bairro Satélite, está inconformada: “As autoridades nem imaginam a nossa situação. A cada dia está pior. Quando recebo alguém na minha casa, tenho logo que explicar; fico constrangida. Parece que é a nossa casa que está com cheiro ruim. Já participei de vários abaixo-assinados, mas nada resolve”, protesta. Alisson André Ferreira, 36 anos, que também reside no Satélite, completa: “Ninguém aguenta esse cheiro. Às vezes, até perco o apetite. Estamos muito prejudicados”, finaliza.
Durante entrevista coletiva concedida na terça-feira, dia 19, o prefeito José Milton foi questionado sobre o assunto: “Sempre cobramos da Copasa a solução para o problema de mau cheiro da ETE. A estação é uma grande conquista para o município, mas a população ao redor está sendo penalizada. Fizemos ofícios para Copasa e comunicamos o problema até ao governo do estado. Está para ser construída outra ETE, e temos que mostrar a quem mora no entorno da área escolhida que se trata de uma obra benéfica para a população. Já há quem tema que a ETE Ventura Luiz repita esse mesmo problema”, relatou.